O algodão no mercado nacional
O Brasil é o quarto maior produtor e segundo maior exportador mundial da fibra de algodão.
O que você precisa saber
A cultura do algodoeiro exige altos níveis de nutrientes, como nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K) para melhorar o vigor e o rendimento.
A cultura do algodoeiro é muito exigente em nitrogênio (N). As quantidades totais de nitrogênio extraídas pelo algodoeiro para produzir uma tonelada de algodão em caroço, encontradas na literatura, estão na faixa de 48 a 85 kg de N. O pico de absorção de nitrogênio (N) ocorre entre a primeira e a segunda semana de desenvolvimento das plantas, que corresponde a cerca de 60 dias da emergência, indicando que esse é o limite para se aplicar todo o nitrogênio na cultura do algodão.
Para obter uma maior eficiência no uso da adubação nitrogenada, a Cibra recomenda o Nitrocap, que é um fertilizante de alta concentração de nitrogênio, ideal para proporcionar menores perdas por volatilização aumentando a absorção de nitrogênio (N). A eficiência da adubação nitrogenada resulta em maior produtividade e vigor da planta.
Para o algodoeiro produzir uma tonelada de algodão em caroço o fósforo é extraído na faixa de 13 a 25 kg de P2O5. O fósforo (P) é um nutriente importante para aumentar o desenvolvimento radicular inicial e a antecipação do estabelecimento de cápsula e maturidade da fibra. O potássio (K) é absorvido em grandes quantidades pelo algodoeiro sendo importante para aumentar a maturidade, o comprimento da fibra e reduzir a senescência prematura.
Para fornecer esses nutrientes a Cibra recomenda o fertilizante BaseFort, que também fornece enxofre em sua formulação, outro macronutriente que a cultura do algodão exige, sendo importante para aumentar produtividade.
Principais Deficiências
Main Deficiencies
Deficiência de Nitrogênio (N) no Algodão
A importância do nitrogênio (N): faz parte da composição de todos os aminoácidos e proteínas, estando presente também na molécula de clorofila e em outros pigmentos.
Atua na formação e crescimento da parte vegetativa, das gemas floríferas, regulariza o ciclo da planta, aumenta a produtividade e melhora o comprimento, a resistência da fibra e o índice micronaire.
A deficiência de nitrogênio (N) se apresenta com a perda da intensidade da cor verde em toda a planta, por causa da redução da clorofila.
O sintoma surge, na forma de amarelecimento nas folhas mais velhas do “baixeiro”. A falta de nitrogênio (N) diminui a velocidade de crescimento do algodoeiro, reduz o número e o comprimento dos internódios e consequentemente diminui o número de ramos vegetativos e reprodutivos.
Deficiência de Fósforo (P) no Algodão
A importância do fósforo (P): envolvido nas transferências de energia na planta, sendo de vital importância para a síntese de proteínas, fotossíntese e transformação de açúcares. É componente da respiração e fotossíntese, bem como dos fosfolipídios que compõem as membranas vegetais. É também componente de nucleotídeos utilizados no metabolismo energético das plantas (como ATP) e no DNA e RNA.
Estimula o crescimento das raízes, sendo importante para o florescimento e desenvolvimento dos frutos. O fósforo (P) favorece a maturação dos capulhos, acelerando a abertura dos mesmos.
A deficiência de fósforo (P) apresenta como efeito mais evidente, a redução geral no crescimento da planta. Ocasiona a redução da fotossíntese, o acúmulo e a translocação dos carboidratos para as maçãs do algodoeiro. As plantas se desenvolvem muito lentamente, as folhas mais velhas ficam avermelhadas e evoluindo para o secamento; além disso, pode haver o avermelhamento do caule. Em caso de deficiência mais severa, pode ocorrer a queda de botões florais, redução do tamanho das maçãs e baixa retenção das mesmas, impactando na redução da produtividade.
Deficiência de Potássio (K) no Algodão
A importância do potássio (K): tem importante função no estado energético da planta, na translocação e armazenamento de assimilados (produtos resultantes da fotossíntese). Catalisa a atividade de mais de 60 enzimas na planta, sendo importante também para a eficiência no uso da água. Desempenha papel fundamental no desenvolvimento da planta, produção e qualidade da fibra.
A deficiência de potássio (K) ocorre com maior frequência e intensidade no algodoeiro do que na maioria das espécies agronômicas, pois a planta é pouco eficiente na absorção de potássio.
A deficiência é caracterizada pela clorose internerval das folhas do baixeiro, seguida de necrose nas margens e queda; como consequência, há o encurtamento do ciclo, a má formação de capulhos, a redução da produtividade e da qualidade das fibras.
Deficiência de Cálcio (Ca) no Algodão
A importância do cálcio (Ca): Fundamental na manutenção da integridade estrutural das membranas e das paredes celulares, no processo de divisão celular, na absorção iônica, na germinação do grão de pólen e no crescimento do tubo polínico. A presença na solução do solo é essencial para o desenvolvimento correto das raízes do algodoeiro.
A deficiência de cálcio (Ca) não é comum em campo. Normalmente, os efeitos da acidez do solo e da deficiência de outros nutrientes superam ou se expressam mais rápido do que o de deficiência desse nutriente nas lavouras.
A deficiência é caracterizada pela diminuição do crescimento, pela curvatura das margens das folhas, pelo colapso dos pecíolos, pela redução do florescimento e frutificação e pela queda de maçãs.
Deficiência de Magnésio (Mg) no Algodão
A importância do magnésio (Mg): é essencial para a fotossíntese; é componente da clorofila, pigmento verde, participante ativo do processo fotossintético é ativador de todas as enzimas fosforilativas, que são responsáveis pela incorporação e transferência de fósforo inorgânico – Pi. O magnésio faz a ligação do ATP ou do ADP com a enzima.
A deficiência de magnésio (Mg) se caracteriza pelo crescimento lento do algodoeiro. Os sintomas iniciais surgem nas folhas do baixeiro, por ser um nutriente de alta mobilidade na planta. Ocasiona a clorose internerval, ou seja, as nervuras e áreas adjacentes se mantêm verdes.
Deficiência de Enxofre (S) no Algodão
A importância do enxofre (S): Participa de aminoácidos essenciais: a cistina, a metionina e a cisteína. É constituinte de várias coenzimas, além de vitaminas.
A deficiência de enxofre (S) prejudica a fotossíntese, afetando a produtividade e a qualidade da fibra.
As plantas deficientes em enxofre têm crescimento reduzido, emitem poucos ramos vegetativos e reprodutivos e apresentam folhas no ponteiro de cor verde-amarelada.
Deficiência de Boro (B) no Algodão
A importância do boro (B): Atua juntamente com o cálcio na regulação do funcionamento da membrana e parede celular, divisão e aumento das células, lignificação da parede celular, sendo essencial à formação dos tecidos meristemáticos.
Ele influencia o desenvolvimento de raízes, a absorção de nutrientes e a germinação do grão de pólen; participa do metabolismo e do transporte de carboidratos por meio da formação de complexos açúcar-borato, sendo importante na síntese de proteínas.
Os sintomas de deficiência de boro (B) aparecem inicialmente com o amarelecimento das folhas do ponteiro; podendo aparecer anéis concêntricos verde escuros nos pecíolos e nas hastes, com necrose interna da medula. Também ocorre queda excessiva de botões florais, de flores e mesmo de frutos novos.
Deficiência de Zinco (Zn) no Algodão
A importância do zinco (Zn): necessário para os processos de síntese de proteína e de detoxificação de íons superóxidos formados no metabolismo celular.
A deficiência de zinco (Zn) não é comum a campo, mas pode ser identificada nas folhas jovens que apresentam clorose e margens irregulares.
Deficiência de Cobre (Cu) no Algodão
A importância do cobre (Cu): necessário para os processos de síntese de proteína e de detoxificação de íons superóxidos formados no metabolismo celular.
A deficiência de cobre (Cu) normalmente não aparece a campo, mas pode ser identificada pela clorose internerval fina, com a deformação do limbo foliar em folhas jovens.
Deficiência de Manganês (Mn) no Algodão
A importância do manganês (Mn): é essencial à síntese de clorofila e sua função principal está relacionada com a ativação de enzimas. O manganês (Mn) é necessário para quebrar a molécula de água, evolução do O2 e permitir o começo do fluxo de elétrons na fotossíntese.
O sintoma da deficiência de manganês (Mn) é caracterizado pela clorose internerval em folhas jovens, pois o manganês é pouco móvel na planta.
Deficiência de Ferro (Fe) no Algodão
A importância do ferro (Fe): tem um importante papel como componente de enzimas envolvidas na transferência de elétrons (reações redox), como citocromos e também catalisa a biossíntese da clorofila.
Dificilmente o algodoeiro apresenta sintoma da deficiência de ferro (Fe), porém pode ser caracterizada pela clorose internerval fina presente em folhas jovens.
Fertilizantes Indicados
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Pragas do algodão
Pragas das raízes do algodoeiro,
pragas das folhas e hastes
pragas das estruturas frutíferas.
- Broca-da-raiz
Eutinobothrus brasiliensis - Percevejo-castanho
Scaptocoris castanea e S. brachiariae
- Lagarta-rosca
Agrotis ipsilon - Lagarta falsa-medideira
Chrysodeixis includens - Pulgão
Aphis gossypii - Mosca-branca
Bemisia tabaci e Bemisia tabaci biótipo B - Tripes
Frankliniella schultzei e Caliothrips brasiliensis - Ácaro-rajado
Tetranychus urticae - Ácaro-vermelho
Tetranychus ludeni - Ácaro-branco
Polyphagotarsonemus latus - Curuquerê-do-algodoeiro
Alabama argillacea
- Bicudo-do-algodoeiro
Anthonomus grandis - Lagarta-das-maçãs
Heliothis virescens - Lagarta spodoptera
Spodoptera frugiperda - Lagarta helicoverpa
Helicoverpa armigera - Lagarta-rosada
Pectinophora gossypiella - Percevejo-rajado
Horcias nobilellus - Percevejo-manchador
Dysdercus sp. - Percevejo-verde
Nezara viridula - Percevejo-marrom
Euschistus heros - Percevejo-verde-pequeno
Piezodorus guildinii
Doenças do Algodão
Tombamento: Entre os patógenos causadores de
tombamento podem-se destacar os fungos dos
gêneros Colletotrichum, Fusarium, Pythium e
Rhizoctonia (sendo este último o mais importante).
- Ramulose
Colletotrichum gossypii var. Cephalosporioides - Mancha angular
Xanthomonas axonopodis pv. Malvacearum - Mancha alvo ou mancha de corinéspora
Corynespora cassiicola - Mancha branca ou mancha de ramulária
Ramularia aréola
- Mancha-de-mirotécio
Myrothecium roridum - Manchas de alternária e estefilium
Alternaria sp e Stemphylium solani - Mofo branco
Sclerotinia sclerotiorum - Murcha de fusarium
Fusarium oxysporum f. sp. Vasinfectum
- Doença Azul
Doença de natureza virótica cujo agente causal ainda não foi descrito. A doença tem como vetor o pulgão Aphis gossypii. - Nematoides
Especialmente os do gênero Meloidogyne, Rotylenchus e Pratylenchus.