Nitrogenado, fosfatado, potássico ou uma mistura de todos? Entenda as diferenças entre os principais tipos de fertilizantes minerais e descubra como escolher o ideal.
POR QUE A ESCOLHA DO FERTILIZANTE FAZ TANTA DIFERENÇA
Escolher o fertilizante certo é uma das decisões mais importantes que um agricultor deve tomar para o sucesso da lavoura. Isso porque a adubação não se resume apenas à reposição de nutrientes – esse também é um momento estratégico que impacta diretamente a produtividade e a qualidade da colheita.
O primeiro passo para isso acontecer é conhecer as necessidades do solo e da cultura que você pretende plantar. Cada solo e cultura exige um equilíbrio diferente de nitrogênio, fósforo e potássio, além de micronutrientes essenciais. A análise de solo, feita com o apoio de um engenheiro agrônomo, mostra exatamente o que falta e orienta a escolha da formulação e da dose ideal.
A análise do solo e o acompanhamento técnico são indispensáveis para definir o tipo de fertilizante, a dose e o momento de aplicação mais adequados.
TIPOS DE FERTILIZANTES MINERAIS E QUANDO UTILIZAR
1. Fertilizantes Nitrogenados
Os nitrogenados são responsáveis por estimular o crescimento vegetativo das plantas – ou seja, a formação de folhas e caules.
Principais fontes: Ureia e Sulfato de Amônio (SAM)
Quando usar:
- No início do ciclo, para garantir bom arranque da planta;
- Em culturas de alta exigência em nitrogênio, como milho, trigo e pastagens;
- Em solos pobres em matéria orgânica.
💡Dica: o nitrogênio é volátil. Sempre avalie a melhor forma e momento de aplicação para reduzir perdas e melhorar a eficiência.
2. Fertilizantes Fosfatados
O fósforo é essencial para o enraizamento e a formação de energia dentro da planta. Ele melhora a germinação, a floração e o enchimento de grãos.
Principais fontes: Superfosfato Simples (SSP), Superfosfato Triplo (TSP) e Fosfato Monoamônico (MAP)
Quando usar:
- No plantio ou em cobertura no início do ciclo;
- Em solos com baixa disponibilidade de fósforo;
- Para culturas que exigem bom enraizamento, como soja, milho e café.
💡Dica: o fósforo é pouco móvel no solo. Por isso, aplique sempre próximo à zona das raízes.
3. Fertilizantes Potássicos
O potássio é o nutriente da resistência e da qualidade. Ele regula o uso da água, aumenta a tolerância a pragas e melhora o enchimento de grãos e frutos.
Principais fontes: Cloreto de Potássio (KCl)
Quando usar:
- Em solos arenosos ou com alta lixiviação;
- Em fases de frutificação ou enchimento de grãos;
- Em culturas que exigem frutos de qualidade, como café, batata e cana.
💡Dica: culturas sensíveis ao cloro preferem fontes como sulfato ou nitrato de potássio.
4. Misturas e formulações NPK
As misturas NPK combinam os três macronutrientes em proporções específicas (como 04-14-08 ou 20-00-20). Elas facilitam a aplicação e ajustam a nutrição conforme a fase da cultura.
Vantagens das misturas:
- Praticidade na adubação;
- Nutrição balanceada em uma única aplicação;
- Flexibilidade para diferentes estágios de desenvolvimento.
💡Dica: a proporção ideal de NPK deve sempre considerar a análise de solo e o histórico da área.
5. Fertilizantes diferenciados
A tecnologia vem transformando o manejo nutricional. Os fertilizantes diferenciados vão além da reposição de nutrientes – eles entregam mais eficiência, sustentabilidade e retorno econômico.
Principais tipos:
- Fertilizantes com inibidores ou estabilizadores que reduzem perdas de nitrogênio, como o Nitrocap
- Fertilizantes de liberação controlada ou lenta, que disponibilizam nutrientes gradualmente, como o Cibrativ
- Produtos com micronutrientes (zinco, boro, manganês), que completam a nutrição, como o FosCibra
💡Dica: essas opções são ideais para quem busca resultados superiores e quer unir produtividade e sustentabilidade.
Conclusão
Não existe um fertilizante “universal”. O melhor é aquele que entrega o que o solo precisa, na dose certa e no momento certo. Com orientação técnica e produtos de qualidade, a adubação deixa de ser uma tarefa operacional e passa a ser uma estratégia para o futuro da lavoura.