Perspectivas de rentabilidade para a safra do algodão 2024/2025

Perspectivas de rentabilidade para a safra do algodão 2024/2025

Algumas incertezas têm rondado o mercado agro nesse ano. Diante desse cenário, é sempre bom estar bem informado para tomar as melhores decisões para o futuro.

Por isso, trazemos neste artigo os principais fatos e perspectivas relacionados a rentabilidade, produtividade, custos de produção e preço de venda do algodão, que podem te ajudar no planejamento da próxima safra dessa cultura, que se inicia no segundo semestre de 2024 e se encerra no primeiro semestre de 2025. 

Clima

Caminhamos para uma mudança no clima após uma safra 23/24 marcada pela presença do fenômeno climático El Niño, caracterizado pela maior presença de chuvas no Sul do país e secas no Centro-Norte do Brasil. 

De acordo com os últimos dados da NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), um dos principais órgãos de monitoramento de condições climáticas do mundo, estamos caminhando para o fim do El Niño em julho de 2024 e, a partir de agosto desse ano, temos quase 70% de probabilidade de ocorrência do fenômeno La Niña.

Mas como esse fenômeno pode impactar a safra de algodão?  

La Niña 

O La Niña é caracterizado pela seca no Sul e Sudeste e maior incidência de chuvas no resto do Brasil.

Com boas chuvas, a perspectiva é que as lavouras de algodão no Mato Grosso e Bahia, principais estados produtores no país, tenham bom desenvolvimento e favoreçam boas produtividades. 

Oferta e demanda

Se tratando de uma commodity, as perspectivas de preço estão diretamente relacionadas ao quadro de oferta e demanda global do algodão. 

De acordo com o último relatório do USDA (United States Department of Agriculture), a safra 24/25 terá uma produção recorde de 119,2 milhões de fardos, um aumento de 4,7%. A demanda por sua vez também tem perspectivas de crescimento, porém em menor ritmo por conta do cenário econômico global de inflação nos principais mercados consumidores do mundo, em especial EUA e Europa. 

A expectativa é de crescimento de 3,4% na demanda de consumo global, projetada em 116,9 milhões de fardos, causando uma alta de 2,5 milhões de toneladas nos estoques globais. 

Fonte: USDA 

E para o produtor brasileiro, como fica? 

A boa notícia para o produtor brasileiro é que, apesar dos estoques globais maiores, a demanda sobre o algodão brasileiro tem crescido frente aos concorrentes e essa tendência deve se manter para a próxima safra. 

O principal motivo seria a retomada das atividades de fiação de três importantes mercados consumidores: Paquistão, Turquia e Bangladesh.

Esses países correspondem a 21% do consumo global de algodão e tem forte dependência de importações. Nos últimos anos, esses países têm passado por problemas políticos e econômicos que impactaram as indústrias de fiação. 

Segundo a Artigas, importante corretora de algodão, o Brasil tem potencial para ampliar sua participação como supridor da indústria desses três países. “O algodão da África Ocidental não dá conta da demanda; o da Austrália e dos EUA têm outras particularidades, como o preço mais alto. Já o da Índia é mais interessante para a indústria voltada para o consumo local deles, por conta do transit time, mas não para a exportação. O Brasil, definitivamente, vai ganhar espaço não apenas em Bangladesh, mas nos três mercados”. 

Já como reflexo, o Brasil deve bater o recorde de exportações nesse ano.

Na safra 23/24 foram exportadas 9,5 milhões de toneladas, um aumento de 1,3 milhões de toneladas frente a safra anterior.  

Custos de produção

Outra boa notícia para o produtor é a queda no preço dos insumos.

Desde os picos de preço em 2022 decorrentes da pandemia, os preços dos fertilizantes já acumulam quedas superiores a 60%, proporcionando relações de trocas atrativas. 

Conforme a primeira estimativa do Acapa-MT (Acompanhamento dos Custos das Produções Agropecuárias de Mato Grosso) para o custo de produção do algodão da safra 2024/25, o Custo Operacional Efetivo (COE) mostrou recuo de 2,06% se comparado com o da safra 2023/24, puxado pela redução nas despesas com macronutrientes e beneficiamento/classificação. 

Apesar do recuo no COE da cotonicultura, a comercialização da pluma está atrasada em relação aos últimos anos.

Isso significa um ponto de atenção para o cotonicultor, esclarece o IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), tendo em vista as oscilações nos preços da fibra. 

Sendo assim, é importante que o produtor aproveite as melhores oportunidades de negociar o seu produto e adquira seus fertilizantes para que consiga maximizar a rentabilidade da safra futura. 

Convidamos você a continuar conosco, acessando nossa página especial sobre o algodão e conhecendo por lá os produtos desenvolvidos pela Cibra que melhor atendem as lavouras dessa cultura.  

Nossa Gente Faz pelo agro. 

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