Da raiz ao fruto, entenda o papel do fósforo (P) na produção dos hortifruti
O segmento de produção de hortaliças no Brasil é altamente diversificado. Dentre os cultivos em solos brasileiros, o grupo dos hortifrutis – ou HF – está entre os mais exigentes em termos nutricionais. Por esse motivo, boas práticas de manejo são essenciais para se obter alta produtividade, como contar com os fertilizantes certos e manter o equilíbrio entre macro e micronutrientes nas lavouras.
O fósforo e suas funções na adubação de HF
Um desses nutrientes é o fósforo (P), um dos mais importantes para o desenvolvimento das hortaliças e frutíferas. Ele participa ativamente da formação de raízes, da floração, da frutificação e do transporte de energia nas plantas. Apesar disso, seu manejo no solo ainda é um grande desafio, principalmente em regiões tropicais.
Entre as funções do P, destacam-se o estímulo ao crescimento radicular, que facilita a absorção de água e nutrientes; e a participação na síntese de ATP, responsável pelo armazenamento e transporte de energia.
Além disso, o nutriente promove floração e frutificação mais equilibradas, impactando diretamente o rendimento e a qualidade dos frutos. Também é essencial para o bom enraizamento de mudas e o pegamento após o transplante, etapas críticas no cultivo de hortaliças.
Disponibilidade e aplicação do fósforo no solo
Mesmo em solos aparentemente ricos em P, grande parte do nutriente não está disponível para as plantas. Isso ocorre porque o P é facilmente fixado pelos óxidos de ferro e alumínio, muito comuns em solos brasileiros, formando compostos insolúveis. Em sistemas de HF, esse problema tende a ser ainda mais evidente devido aos ciclos curtos de cultivo, que exigem respostas rápidas à adubação.
Para isso, o manejo eficiente da adubação fosfatada em hortaliças e frutíferas passa por um conjunto de estratégias integradas que buscam aumentar a disponibilidade do nutriente e reduzir perdas no solo. O primeiro passo é conhecer bem as características químicas e físicas do solo por meio de análises regulares, ajustando o pH e os teores de P conforme a necessidade da cultura. A escolha da fonte de P deve considerar a solubilidade e a dinâmica de liberação.
Além disso, o posicionamento correto do fertilizante na aplicação – preferencialmente no sulco ou na faixa de maior concentração de raízes – e o parcelamento das doses ao longo do ciclo ajudam a garantir maior eficiência na absorção.
Essas práticas, aliadas ao uso de tecnologias de monitoramento e ao manejo equilibrado de outros nutrientes, resultam em plantas mais vigorosas, colheitas mais produtivas e solos com maior sustentabilidade a longo prazo.
Fósforo e HF, uma combinação indispensável
Resumindo o que provavelmente você já notou, a adubação fosfatada eficiente é um dos pilares da produtividade sustentável de hortaliças e frutíferas. O sucesso do manejo depende da escolha adequada das fontes, do modo de aplicação e da adoção de tecnologias que otimizem o aproveitamento do nutriente. Ao integrar conhecimento técnico e boas práticas de campo, o produtor alcança colheitas mais equilibradas, melhora a fertilidade do solo e contribui para uma agricultura mais sustentável e rentável.
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Referências
EMBRAPA. Manejo da Adubação Fosfatada em Solos Tropicais. Circular Técnica, 2022.
IAC – Instituto Agronômico de Campinas. Recomendações de Adubação e Calagem para o Estado de São Paulo (Boletim 100). 2021.
NOVAIS, R.F. et al. Fertilidade do Solo. Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2019.
FAQUIN, V. Nutrição Mineral de Plantas. UFLA, 2015.

			






