Como funciona a dinâmica do potássio no solo - Cibra Fertilizantes

Como funciona a dinâmica do potássio no solo

Entenda como funciona a dinâmica do potássio no solo e como aumentar a eficiência do uso do nutriente pelas plantas

O potássio (K) é o segundo nutriente essencial mais requerido em quantidade pela maioria das plantas cultivadas, ficando atrás somente do nitrogênio (N). No tecido vegetal, o K é o cátion mais abundante, pois participa e ativa uma série de eventos fisiológicos, principalmente aqueles relacionados à atividade enzimática e ao balanço hídrico.

O K é absorvido na forma de K+ e a sua chegada até as raízes acontece por difusão. Apesar disso, quantidades consideráveis absorvidas do elemento podem acontecer por meio do fluxo de massa. Normalmente, é encontrado nos vegetais em teores variando entre 4g e 43g kg-1.

Em solos com alta disponibilidade de K, pode acontecer o consumo de luxo, ou seja, as plantas absorvem quantidades maiores do elemento do que suas exigências nutricionais, acumulando-as no vacúolo. Essa acumulação não é uma exclusividade do K: o fenômeno também pode ser observado para N e P. Por outro lado, em condições de pouca disponibilidade de K no solo, observamos sintomas de deficiência nas plantas. Inicialmente, o sintoma é a redução do desenvolvimento das plantas.

Posteriormente, apresentam manchas cloróticas nos bordos das folhas que evoluem centripetamente. Plantas nutricionalmente equilibradas com K apresentam hastes mais fortes e são mais tolerantes a estresses bióticos e abióticos, além de melhor qualidade de flores e frutos.

Quais formas de potássio (K) podem ser encontradas no solo?

Pensando na dinâmica do elemento no solo, o K pode ser encontrado nas seguintes formas:

  • K estrutural: referente a estrutura de minerais primários, considerado indisponível às plantas (somente a ação do intemperismo poderia disponibilizar este K);
  • K não trocável: associado à minerais secundários, considerado lentamente disponível;
  • K trocável: absorvido na CTC;
  • K solúvel (solução do solo): considerado como “prontamente disponível”.

A quantidade total de K no solo pode variar de 0,9 a 19 g kg-1. Essa grande amplitude está relacionada principalmente ao material de origem, ao grau de intemperismo e as quantidades fornecidas por meio da adubação.

A maioria dos solos brasileiros apresenta baixos teores de K naturalmente, em decorrência dos teores de minerais primários, que são mais ricos em K (biotita, muscovita, microclima e ortoclásio), e secundários (vermiculita, ilita e esmectita).

O que fazer para evitar a lixiviação do potássio (K)?

Dependendo da espécie vegetal, a exaustão de K no solo pode acontecer rapidamente se o elemento não for reposto via adubação. A lixiviação de potássio pode se tornar um evento importante em algumas condições. As cargas negativas do solo são responsáveis pela absorção do K, sendo então a CTC a principal responsável por evitar as perdas por lixiviação, ou seja, solos com alta CTC têm menor potencial de lixiviação do K. Solos com CTC e matéria orgânica baixas, como os arenosos, tendem a apresentar problemas com lixiviação de K, principalmente em épocas de alta precipitação.

O posicionamento da adubação potássica tem sido realizado tanto no sulco de semeadura, quanto a lanço superficialmente. Apesar disso, em casos de teores muito baixos de K, faz-se necessária a aplicação de correção em área total.  Já a adubação de manutenção pode ser realizada tanto a lanço, quanto na linha de semeadura, embora deva ser tomada a devida precaução em doses altas no sulco de semeadura, principalmente em solos com baixas CTC, devido ao alto índice salino que danifica o desenvolvimento inicial das culturas, principalmente do KCl.

Embora a aplicação da dose total de K em uma única aplicação seja conveniente, o parcelamento das aplicações de K é vantajoso, pois diminui perdas por lixiviação (solos com baixa CTC) e evita consumo de luxo, dando oportunidade de as plantas absorverem o K aplicado. A utilização de fontes de liberação gradual e eficientes, como a Polialita (POLY4), também pode ser uma alternativa de evitar perdas por lixiviação e consumo de luxo, devido a sua capacidade de liberação gradual do elemento K e sua possibilidade de otimização de formulações NPK no sulco de semeadura, evitando o efeito salino indesejado para as plantas.

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