Para a maioria das plantas de interesse econômico, o enxofre (S) é exigido em menores quantidades quando comparado aos macronutrientes primários. Apesar deste fato, nota-se que as exigências de enxofre (S) podem variar de acordo com espécie, cultivar, solo e produtividade almejada, podendo superar a de fósforo (P) em alguns casos como, por exemplo, para plantas da família Fabaceae (soja), que são mais exigentes que as plantas da família Poaceae (milho), em função de seu teor mais elevado de proteínas (Broch et al. 2011, Tiecher et al. 2013).
Dentre os elementos conhecidos como essenciais, o S desempenha papel fundamental para o crescimento e desenvolvimento das plantas. Na agricultura brasileira existem diversas opções de fontes de enxofre (S). Por exemplo: o enxofre elementar (95 a 98% S) e o enxofre elementar granulado (90% S), além do gesso agrícola (15 a 18% de S) e o superfosfato simples (10 a 12% S), sendo estes dois últimos na forma de sulfato (SO₄2-), dentre outras fontes que podem ser aplicadas via foliar ou fertirrigação.
A utilização do superfosfato simples (18 a 20% P2O5, 10 a 12% S e 16 a 18% de Ca) acontece principalmente pela alta solubilidade do fósforo (P) em água, sendo capaz de disponibilizar o nutriente ao solo em uma forma prontamente disponível para as plantas. Esse fertilizante foi o primeiro fabricado industrialmente, por meio da solubilização rochas fosfatadas com ácido sulfúrico e posterior granulação (Monteiro, 2008).
Enxofre sulfato ou elementar? Qual utilizar?
Também como fonte de enxofre, tem sido disponibilizado no mercado o S elementar (S0), e (SO42) na forma de grânulos ou cogranulados com fontes de fósforo (P) (NPS), o que facilita seu manuseio para aplicação isolada ou em misturas com outros elementos simples como o KCl (60% K2O), garantindo uma liberação rápida e gradual do enxofre (S) para as plantas. Entre outros benefícios destas fontes, estão a redução do custo operacional e maior uniformidade de aplicação.
Por sua vez, cabe ressaltar que o S0 é uma forma reduzida do elemento e precisa ser oxidado a SO₄2- para ser disponibilizado às plantas. Esta oxidação depende diretamente da atividade microbiológica do solo, que pode ser maior ou menor de acordo com as condições edafoclimáticas em um determinado período.
O gesso agrícola é uma importante fonte de enxofre (S) às culturas. Nogueira e Melo (2003) verificaram que os teores de S disponível (SO₄2-) na camada de 0 a 20 cm do solo aumentaram após aplicação de gesso. O gesso agrícola muitas vezes é utilizado também como condicionador de solo, pois tem a capacidade de diminuir a atividade de alumínio tóxico (Al3+) (Vitti et al., 2015).
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Referências:
- Broch, DL, Pavinato, PS, Possentti, JC, Martin, TN e Quiqui, EMD (2011). Produtividade da soja no cerrado influenciada pelas fontes de enxofre. Revista Ciência Agronômica, 42, 791-796.
- MONTEIRO, M.F. Avaliação do ciclo de vida do fertilizante superfosfato simples. 2008. 194p. Dissertação (Mestrado profissional em gerenciamento e tecnologias ambientais no processo produtivo) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2008.
- NOGUEIRA, M. A.; MELO, W. J. Enxofre disponível para a soja e atividade de arilsulfatase em solo tratado com gesso agrícola. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 27, n. 04, p. 655-663, 2003.
- Tiecher, T, Santos, DR dos, Rasche, JWA, Brunetto, G, Mallmann, FJK e Piccin, R (2013). Resposta de culturas e disponibilidade de enxofre em solos com diferentes teores de argila e matéria orgânica submetidos à adubação sulfatada. Bragantia, 71, 518-527.
- VITTI, G.C.; OTTO, R.; SAVIETO, J. Manejo do enxofre na agricultura. Informações Agronômicas, IPNI, N° 152, ISSN 2311-5904, 14 p., dezembro 2015.