Todos nós buscamos o sucesso na lavoura. E na agricultura moderna, podemos dizer que três fatores são indispensáveis para isso: tecnologias mais eficientes, clima favorável e manejo adequado. Logo, quando um desses fatores entra em colapso ou está desfavorável, a alta produtividade fica comprometida e a longevidade do sistema de produção também.
O clima favorável é crucial, claro, porém não está sob nosso total controle. As tecnologias mais eficientes empregadas em equipamentos e produtos passa muito pelo orçamento, escolha e experiência de cada produtor. Mas mesmo se tudo isso estiver ok e o manejo não for feito de forma inadequada, a produtividade pode ficar comprometida.
Neste artigo abordamos os benefícios do correto manejo rural na adubação de sistemas.
Antes de tudo, a adubação tem sua eficiência diretamente ligada ao momento da aplicação do fertilizante, a dose aplicada, o tipo de produto e a forma de aplicação. Mas também é muito importante observar o manejo e o sistema em que esse fertilizante será inserido. Por exemplo, você até pode aplicar o fertilizante na quantidade e no momento corretos, mas em um sistema de manejo de lavoura que favorece o escoamento superficial no solo e leva o produto junto com a chuva, todo o trabalho vai água abaixo. Esse é um caso clássico, que ocorre em regiões de coxilhas, no sul do país, onde muitas das áreas de lavouras são em locais ondulados.
Diante desse cenário, primeiro é importante tratar o manejo de adubação de sistemas atrelado aos pilares do plantio direto, que são o mínimo revolvimento, rotação de cultura e palhada sobre o solo. Conectando esses pilares ao manejo de adubação, são propostas a rotação de culturas com adubação verde, reciclagem de nutrientes e palhada sobre o solo, com a melhor acomodação dos fertilizantes ao local de aplicação.
Como funciona a adubação de sistemas?
A adubação de sistemas consiste basicamente em planejar as adubações dentro de um ano agrícola, ou por um período de rotação das culturas, em um espaço de tempo de 1 ano a até mais de 2 anos, de acordo com o planejamento da sequência de culturas no plano de rotação. Esse planejamento é voltado para culturas de interesse comercial, suas exportações de nutrientes, cultura recicladora de nutrientes do solo e a formação de palhada, tudo isso no ano agrícola e fechando um balanço de nutrientes que entram, saem e são reciclados no sistema, definindo se o saldo nutricional no solo é positivo ou negativo.
Desenho esquemático sobre a diferença entre adubação tradicional e adubação de sistemas
Para facilitar a implantação da adubação de sistemas, podemos segmentá-la em partes: no primeiro momento, é necessário planejar as janelas de cada uma das culturas que serão cultivadas, cada uma no seu momento recomendado, encaixando datas de plantio e colheita e deixando margens flexíveis para não perder os momentos por sobreposição de “times” de entrada com saída de safras.
No segundo momento, é importante entender quantos quilogramas de nutrientes as culturas exportam por tonelada de grãos produzidos e escolher as plantas recicladoras por seus potenciais de reciclagem e fixação biológica de nitrogênio. Posteriormente a essas duas etapas, devemos decidir os momentos de entrar com as adubações, com base nas exigências das culturas e nos períodos de liberação dos nutrientes de acordo com o fertilizante utilizado.
Benefícios da adubação de sistemas
De forma prática, as adubações não servem somente para uma safra. Elas também têm efeitos residuais que podem ser aproveitados por outra cultura e produzir massa vegetal, que será mineralizada e os nutrientes que estavam sendo perdidos por lixiviação, imobilização e escoamento superficial irão retornar a superfície do solo e serão novamente utilizados no sistema.
Se, mesmo fazendo o manejo adequado na adubação do sistema, os seus resultados estiverem abaixo do esperado, talvez o problema esteja no fertilizante. A Cibra possui uma ampla linha de fertilizantes voltado para cada cultura. Existe um ideal para você! Conheça os nossos produtos.
Por Brenno Tomasi, Engenheiro Agrônomo da Cibra
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