Um resumão dos principais pontos para quem precisa de mais recursos no agro
Com incentivos voltados à sustentabilidade e foco no médio produtor, o Governo Federal e o Ministério da Agricultura e Pecuária lançaram no final de junho o Plano Safra 2023/2024, que vai disponibilizar recursos e financiar o agro brasileiro no período de julho de 23 a junho de 24.
Principais destaques do Plano Safra 2023/2024
Entre os principais destaques, estão o aumento de 27% no valor total do novo plano, que disponibilizará R$ 364 bilhões contra R$ 287 bilhões do plano anterior.
O grande beneficiado do novo Plano Safra é o médio produtor, que teve o limite de financiamento de investimentos no Pronamp aumentado de R$ 430 mil para R$ 600 mil por beneficiário/ano. Outra importante mudança está no aumento do limite de renda anual para enquadramento no programa: de R$ 2,4 milhões para R$ 3 milhões. A mudança leva em consideração a elevação dos preços dos produtos agrícolas.
Além disso, quem está enquadrado no Pronamp terá taxa de juros mais baixas para a aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas por meio do Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), com taxa de juros de 10,5%/ano para o Pronamp, sem limite de financiamento. Para os demais produtores, a taxa de juros permanece em 12,5%/ano.
Mas afinal, além do maior volume de crédito disponibilizado, o que muda na prática para o produtor brasileiro que ainda tem de enfrentar taxas de juros a níveis elevados?
Incentivos à sustentabilidade
Apesar da manutenção dos níveis das taxas de juros, que são de 8%/ano no Pronamp e 12%/ano para demais produtores, nesse ano a novidade fica pelos incentivos do Plano Safra à sustentabilidade, que é marca do agro nacional.
Segundo o MAPA, serão elegíveis produtores que já estão com o Cadastro Ambiental Rural (CAR) analisado e que adotam práticas agropecuárias consideradas mais sustentáveis. A redução será de 0,5% na taxa de juros de custeio em uma das seguintes condições: em Programa de Regularização Ambiental (PRA); sem passivo ambiental; ou passível de emissão de cota de reserva ambiental.
Também terão direito a redução de 0,5% na taxa de custeio os produtores que adotarem práticas de produção agropecuária mais sustentáveis, caso da produção orgânica ou agroecológica, bioinsumos e tratamento de dejetos na suinocultura.
Ainda com foco na sustentabilidade, o RenovAgro é outra grande novidade deste ano, ampliando o apoio à recuperação de pastagens degradadas, com foco na sua conversão para a produção agrícola, com a menor taxa de juros da agricultura empresarial: 7%/ano.
Aumento nos demais programas
Já o Proirriga, programa que financia os investimentos relacionados com todos os itens inerentes aos sistemas de irrigação, inclusive infraestrutura elétrica e para a construção do reservatório de água, terá aumento de 30% nos valores disponibilizados.
Por fim, visando suportar a cadeia logística e de suprimentos do agro, o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) terá um aumento no volume de recursos de 81% para construção de armazéns com capacidade de até seis mil toneladas e de 61% para armazéns de maior capacidade.
Com isso, o governo visa fortalecer o financiamento de investimentos necessários à construção de novos armazéns, focando no aumento da capacidade estática instalada de armazenagem.
Vale lembrar:
O início de uma nova safra sempre traz novos desafios e requer um bom planejamento no uso dos recursos, que muitas vezes são escassos para o produtor. O Plano Safra completa 20 anos de existência, disponibilizando para essa nova safra valores recordes que irão auxiliar o produtor custear as operações, inovações e comercialização de sua lavoura.
No Blog Cibra você acompanha notícias importantes sobre o mundo do agronegócio e se mantém informado acerca das principais oportunidades e tendências do mercado agrícola.
