Adubação em áreas de abertura: o que devo considerar? - Cibra Fertilizantes

Adubação em áreas de abertura: o que devo considerar?

Saiba mais sobre calagem, gessagem, fosfatagem e potassagem em áreas de abertura

O manejo adequado da fertilidade do solo é decisivo para o sucesso da agricultura. Neste artigo, falamos sobre o que considerar na hora de fazê-lo em áreas de abertura.

Antes de mais nada, para que o solo passe a receber uma determinada cultura e, consequentemente, formar uma lavoura, é preciso entender a necessidade da construção de um perfil do solo a longo prazo. O primeiro passo a ser seguido é a realização das análises química e física do solo, nas camadas de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm, para que se tenha os valores que serviram de parâmetros para as futuras recomendações. Com a coleta e interpretação da análise do solo adequada, é possível acertar na recomendação dos fertilizantes e corretivos para construção de um perfil de solo que suporte alta produtividade.

As primeiras aplicações a serem realizadas são a calagem, gessagem, fosfatagem e potassagem, com o objetivo de corrigir a acidez do solo, aumentar a saturação de bases, diminuir a atividade do alumínio tóxico e elevar os níveis de fósforo e potássio.

Aplicação de adubação no solo: Calagem

Em grande parte, os solos brasileiros são ácidos e pobres em nutrientes. Com a prática da calagem é possível corrigir a acidez do solo e elevar a saturação por bases, aumentando a disponibilidade e eficiência dos nutrientes, fornecendo Ca e Mg no sistema e ainda neutralizando os níveis tóxicos de alumínio.

Em áreas de abertura, o ideal é aplicar o calcário com alguns meses de antecedência da instalação da cultura (cerca de 3 meses). Além disso, se a análise de solo indicar teores de Mg abaixo do nível crítico para a região em questão, dê preferência pela utilização de calcário dolomítico, para que forneça Mg ao solo e a reação ocorra no menor tempo possível. Para aumentar a eficiência desta aplicação, também é recomendado a incorporação profunda deste material, superior a 20 cm.

Em relação a saturação por bases, o ideal é elevar o V% conforme a recomendação oficial local. Para a definição da dose a ser aplicada (necessidade de calagem), comumente é mais utilizado o método da Saturação de Bases (NC (t/ha) = (V1 – V2) x CTC / PRNT).

Existem outros métodos como recomendação da calagem: método do PH SMP, método para aumento de Ca e Mg, método para neutralização do Al3+. O critério de escolha dependerá do manual oficial para região, sendo que todos são adequados e calibrados. Cabe salientar que para utilização dos métodos são necessários são necessários os dados da análise química do solo.

Aplicação de adubação no solo: Gessagem

A gessagem consiste na aplicação de gesso agrícola (CaSO4.2H2O), que aumenta Ca e S no sistema e neutraliza o alumínio tóxico em profundidade, proporcionando para as culturas melhor desenvolvimento radicular, aumento da eficiência do uso da água no solo e melhor resistência a seca.

Como tomada de decisão para a aplicação, é preciso ser feita a interpretação da análise química do solo na camada de 20 a 40 cm: caso a saturação por alumínio (m%) esteja acima de 20%, o Al estiver acima de 5 mmolc dm-3 ou então a concentração de cálcio estiver abaixo de 5 mmolc dm-3, é recomendado a aplicação de gesso conforme a recomendação oficial local.

Para cada situação, utiliza-se um cálculo específico para determinação da dose a ser aplicada, podendo ser em função do teor de argila do solo (NG (t/ha): 50 x teor de argila (%)); em função da elevação da saturação de bases; ou então pela elevação de cálcio na CTC efetiva (NG (t/ha): (0,6 x CTCef – Ca) x 0,64).

Aplicação de adubação no solo: Fosfatagem

Para a elevação dos teores de fósforo do solo, é recomendado a prática da fosfatagem, que nada mais é do que a aplicação de fósforo a lanço em área total, pois naturalmente os solos brasileiros possuem, em grande parte, uma carência do nutriente. Normalmente, em área de abertura, essa prática é realizada com a incorporação dos fertilizantes.

Para a realização dessa prática, pode ser utilizadas fontes de baixa solubilidade como fosfatos naturais reativos e também fosfatos solúveis. O objetivo da prática é elevar os teores de P acima do nível crítico. Para determinar a dose a ser aplicada, é utilizada: Dose de P2O5 (kg ha-1) = (Nível crítico de P no solo – teor atual de P no solo) x f.

Aplicação de adubação no solo: Potassagem

Caso os níveis de K na análise de solo estejam abaixo do nível crítico, deve ser recomendada a potassagem, que consiste na aplicação de K2O em cobertura em área total, podendo utilizar como fonte o cloreto de potássio (KCl). Esta prática depende da textura e CTC do solo.

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